Você já pensou em quantas decisões você toma por dia?
Muitas vezes pensadas e outras automáticas.
Quando você pensa, considera, qualifica, ainda que não seja a melhor decisão, ao menos houve um processo que onde houve uma ponderação e uma escolha.
Mas, nas decisões automáticas, que são muitas no dia-a-dia, você não precisa pensar, é algo como respirar ou dirigir, pagar um ônibus com bilhete único ou pagar contas no caixa do mercado com cartão e pronto!
Você já tentou contar quantas oportunidades de mudar deixamos passar por fazermos coisas automáticas ?
As empresas agradecem quando conseguem fazer que os produtos pulem nos carrinhos de mercado sem que o consumidor nem pense…
Seu dinheiro é como um voto seu !
É possível acompanhar cada Real dado na aquisição de produtos verificar que todos eles só sobrevivem porque alguém mantém ele vivo, através da compra.
Cada Real dado na sua aquisição, é um voto na sua manutenção.
Quantos produtos existem ainda que não deveriam existir?
Quantos deixaram de existir e deveriam ainda estar disponíveis?
Qual o fator que mais influenciou no sucesso de um e fracasso de outros ?
A resposta é simples, você e seu poder de compra, resumindo, seu dinheiro.
Quando o dinheiro sai de sua mão é como um voto, um aceite e um investimento na continuidade de um determinado produto ou serviço.
A conclusão é bastante simples, todas as oportunidades de decisão, principalmente com relação a aquisições é um voto que é feito. Se feito de maneira consciente é um investimento na continuidade da existência deste, se for inconsciente não importa, terá a mesma consequência.
Logo, como podemos reclamar de algo, que não gostamos, não concordamos e não queremos que exista e continuamos a contribuir com sua perpetuação através de atitudes inconscientes?
Vamos a um clássico : Não gosto do serviço prestado pelo Metrô, mas, dependo dele para ir ao trabalho, estudar, passear e etc.
É ruim, mas é o que tem, como posso melhorá-lo ?
Existem pessoas que acham que quebrando tudo pode fazer com que a nova versão que será reposta será melhor. Não será, no máximo será igual.
Por outro lado, não dá para deixar de usar o Metrô. Digo, não dá para deixar de contribuir com sua existência através do pagamento da passagem, pois não tem alternativa de não pagar a não ser se não utilizar. Errado.
Há muito tempo, antes de a sociedade estar em rede, já foram instituídas maneiras de não investir em coisas que não seriam boas e que se não fossem tomadas medidas as consequências se agravariam, por exemplo, trânsito de veículos.
Qual foi a solução do governo para a redução do investimento de cada cidadão no trânsito cada vez mais caótico ?
Rodizio! Simples assim, diminui-se a quantidade de veículos para 20% em teoria nos horários de maior necessidade, forçando os cidadãos a não investirem seu dinheiro, leia-se combustível e veículos no aumento do trânsito.
A outra solução é aumentar o custo do investimento de forma a não ser mais atrativo, como um pedágio urbano, aumentando o custo, que junto com o combustivel, o veículo e tempo acaba inviabilizando o uso de veículo.
Que tal demonstrar através de uma escolha consciente quais as coisas que devem ser melhoradas e quais não devem.
A solução é a organização coletiva em torno de uma escolha consciente dirigindo seu poder de investimento na direção que achamos melhor.
Que tal deixar de investir em metrô e usar ônibus ou transporte solidário ?
Pegue o número do CPF e da mesma forma que o rodízio de carros deixe de usar o Metrô no dia do final, se for o mesmo que o rodizio de seu carro ou se não tiver carro, procure organizar ou fazer parte de um grupo de transporte solidário de outra forma use onibus.
Este é apenas um exemplo de uma situação que poderia ser extrapolada para muitas outras escolhas.